segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Série filmes bi: Resenha do filme "Aos Treze"

Resultado de imagem para aos treze






Qual garota nunca assistiu o filme Aos treze lá pelos anos 2003, 2004? Eu percebi que MUITAS assistiram, e o principal motivo é a cena do beijo entre Tracy (Evan Rachel Wood) e Evie (Nikki Reed). O foco da história na realidade não é exatamente a bissexualidade, mas sim as experiências precoces e negativas de uma garota de 13 anos, influenciada por uma garota considerada popular na escola onde estudava. Mas por que esse filme chamou tanto a atenção de  garotas  bissexuais e lésbicas?  Por que só a cena de dois beijos que duraram apenas alguns segundos fez tanta diferença?
        
Acredito que muitas meninas tenham se descoberto dessa forma, "treinando" com a amiguinha pra fazer com os meninos (pura desculpa esfarrapada), ou porque estava muito bêbada no jogo de verdade ou  desafio, e o que era pra ser uma brincadeira "inocente" acaba virando uma realidade na vida da pessoa. 
    
As garotas não pareciam ser bissexuais, mas o  fato é que beijam garotos mas se beijam também. A atriz Rachel Wood é bissexual declarada, mas não sei se ela descobriu no filme ou já era (risos).  


  Outro ponto que eu gostaria de destacar é: nenhuma garota deve beijar outra apenas por pressão, seja das amigas que já beijaram meninas, ou do namoradinho que sonha com uma experiência a 3. Deve ser uma decisão consciente e espontânea.  O filme mostra que no geral,  QUALQUER experiência que se tenha apenas por auto afirmação e se tornar popular não termina bem. Levamos tempo para construir nossa personalidade e gostos e cada um tem seu tempo. Fala também das amizades sincera ou não. Pessoas manipuladoras seduzem facilmente e temos que estar antenados para não cair em certas armadilhas. Noel e outras amigas de Tracy perdem totalmente a atenção dela por Evie, que ganha cada vez mais espaço na vida de Tracy.,  transformando-a totalmente em outra pessoa. Não podemos deixar que más influências nos afastem dos amigos verdadeiros e de uma vida inteira. Pessoas novas são sempre bem vindas, mas na dúvida e ao menor sinal de caráter duvidoso eu já prefiro me acomodar com as pessoas que eu já tinha antes na minha vida.
 

Esse filme me marcou porque quando eu tinha 13 anos quase caí nesse tipo  de armadilha de uma empregada que trabalhava com minha vó que tentou me levar para o mau caminho, mas essa é uma história que não teve final trágico, mas me deu um bocado de dor  de cabeça, fica para outra vez. Só sei que larguei das bonecas cedo demais quando deveria ter continuado com elas! A partir dessa idade queremos crescer e à menor crítica queremos ficar adultos logo (lembra a cena das meias que as meninas zoam Tracy). No final, o que tem de mais ser um pouquinho garotinha? Nos foram apresentados dois pólos: uma garota totalmente ousada, na moda,  beleza padrão, mas que violava as leis vendendo drogas, roubando e tudo caiu na cota de Tracy, que  era inocente e se tornou rebelde. Prefiro ser menininha e um pouco mais ousada somente com moderação. Ser inocente não nos torna ruins ou bobas, é só o nosso jeito, nada tem a ver com não ter responsabilidades.

    Quem quiser pontuar mais alguma coisa sobre o filme o por que se identifica com ele, fique a vontade!

domingo, 13 de janeiro de 2019

37.Mulheres bissexuais e lésbicas x homens héteros

Há quem ache que nós, somente por gostarmos de mulheres nos comportemos como um homem heterossexual na hora da conquista, ma isso não é verdade. A maioria das meninas  na realidade, principalmente as manas bi pelo que vejo, têm grande dificuldade em chegar em uma mulher, não utilizam de abordagens diretas e agressivas, justamente por medo de ser  desrespeitosa, o que j[a não acontece muito com os homens, que pelo incentivo natural da abordagem são mais diretos e muitas vezes inconvenientes. Eles já  parecem ter aquela confiança de que "chegou, tá no papo", porque é o esperado, é o convencional. Nós lidamos com receios, medo de ser desagradável e ainda pior, medo de não sermos aceitas por sermos bi (sim, ainda há lésbicas bifóbicas e bi com bifobia internalizada, sejamos sinceros aqui).

        Uma coisa que eu preciso enfatizar é que nós mulheres que gostamos de mulheres sempre parecemos nos preocupar com a forma que tratamos as outras (salvo alguns casos extremos de radfem e reprodução de machismo e heteronormatividade) mas a principal diferença entre o homem hétero e a mulher lésbica e bi é ver a outra como um todo, quando realmente gostamos dela, não apenas como um corpo que dá prazer, pelo menos pra mim é assim. Eu realmente acho o corpo feminino super atraente, mas prefiro ver também a humanidade delas e a forma como me tratam, isso é importante.  O homem parece às vezes enxergar as mulheres como objetos onde eles podem usar e abusar à  vontade e não é em assim. Acho que para demostrar que gosta de mulher, não precisa olhar de cima embaixo e enfatizar o quanto ela tá ou é gostosa, mas observar  o quanto ela é e está linda e como ela faz seu dia valer a pena, como te apoia, e não o quanto ela te fará gozar na cama e tchau, ou o troféu de caça que ela vai representar para seus amiguinhos pra que você se auto afirme como macho alfa.  S e esses conceitos mudarem na cabeça de homens, talvez a relação hétero deixe de ser trabalhosa, e ainda assim, para bissexuais, continuará  havendo dois caminhos para ser feliz.