Bi yourself
Espaço criado para que as pessoas que se identificam como bissexuais possam ter uma referência e se sentirem livres para ser quem são!! Just BE YOURSELF AND BE FREE ;) !
domingo, 6 de julho de 2025
A caminhada de mulheres lésbicas e trans e a Parada gay (minhas experiências)
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
40. Um olhar sobre a monogamia e o sentimento de posse
Como já vimos em um outro tópico (ver Monogamia, poligamia e poliamor), monogamia
se refere à pessoa ou um grupo de pessoas que prefere ter apenas um relacionamento
conjugal, sem a interferência de outros parceiros. Esse tipo e amor é cultivado
e influenciado por uma série de fatores que vai desde criação a crenças
religiosas. Mas em tempos onde as pessoas não conseguem ficar presas apenas à
uma pessoa e se descobrem apaixonadas ou amando mais de uma pessoa (não necessariamente
alguém bi), como fica? E por que as traições acontecem? Seria apenas por causa
da rotina, por enjoamento do parceiro/a ou porque há pessoas que não conseguem
gostar apenas de uma pessoa? E o que eu tenho
observado também, é que quando aparentemente escolhemos alguém “para a vida
inteira” , escuto muito as frases: “fulano/a é meu/minha e de mais ninguém”,
como se tivesse uma tag (etiqueta) impressa nessa pessoa, e por estar
comprometida, ela estivesse impedida de se interessar por outra pessoa. Isso pode acontecer, mas ninguém conta com
isso, porque não é a ideia, mas é uma eventualidade, as coisas mudam, os
sentimentos podem mudar também, inclusive o coração querer incluir mais de uma pessoa na relação. A questão é:
a noção de monogamia PRECISA estar ligada com a ideia de POSSE? Creio que
ninguém seja dono de ninguém, nem mesmo nossos pais são nossos donos. Temos liberdade
para escolher o que queremos, não? E quando falo de posse, me refiro a quando o
parceiro/a muitas vezes exige que a
namorada/o esposa/marido somente tenha olhos pra ele e quando sai, tem que ser
com eles e até mesmo o afastamento dos amigos. É claro que queremos a companhia
do nosso cônjuge, mas até que ponto esse sentimento já não é na verdade um
aprisionamento? E o amor livre, a poligamia
vem para quebrar isso, embora mesmo que no relacionamento aberto, o casal ainda
seja exclusivo, apesar de terem permissão de ficar com outras pessoas.
Na verdade,
a construção da monogamia se relaciona com o termo “fidelidade”; seria para garantir que o outro não vai te trair com
outra pessoa qualquer, para não haver libertinagem e desordem no relacionamento.
Mas a confiança e cumplicidade também podem acontecer em relações abertas, porém os falsos
moralistas distorcem isso e já tacham como perversão e promiscuidade. Essa última
está mais ligada ao sexo com vários parceiros sem proteção. E a monogamia é facilmente confundida e
distorcida como posse do outro. Quando a gente namora ou casa, queremos que
essa pessoa esteja sempre presente, mas isso é totalmente possível, sem que você
torne o seu parceiro/a um prisioneiro que só sai com você e mais ninguém. Ele ou
ela precisa ter amigos e seu espaço e momento com eles. E saiba que tentar tirar isso dele ou impedir que sai
sozinho não vai impedir que ele ou ela se interesse e até mesmo se apaixone por
mais alguém. Aí, se isso acontecer, cabe a como cada um nesse casal vai lidar
com isso. Cabe a pessoa que se interessou por outra ser sincera e dizer se quer
tentar abrir o relacionamento, desde que como
consentimento do outro, ou se quer terminar para viver essa nova
relação, caso haja reciprocidade. Acredito que se houvesse essa conversa
franca, evitaria muitos problemas, inclusive nos relacionamentos principalmente
com homens, que têm a tendência de querer uma titular e uma reserva. E hoje em
dia, as casas de swings estão lotadas de casais onde o próprio marido adora ver
a esposa com outro! Creio também que essa nova modalidade seja uma forma de
deixar o outro livre para ficar com quem quiser, sem se sentir traído, pois
terá a sua “benção”. Da mesma maneira, a quem é consentido esse privilégio, já não sentirá culpa, pois o parceiro está
ali, ciente de tudo e aceita.
A verdade é
que, alguns de nós não fomos feitos para sermos monógamos e tá tudo bem. Mas quem
ainda ´´e feliz apenas no modelo exclusividade que continue assim, sem
influenciar ninguém.
Outros link sobre o assunto:
https://www.geledes.org.br/o-tabu-da-monogamia/
https://hypescience.com/fomos-projetados-para-a-monogamia/
Eles não necessariamente refletem inteiramente a min há
opinião, eu concordo com algumas coisas.
39. O mito da perda da virgindade masculina
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A virgindade sempre foi um mito para as mulheres e a
perda dela levanta muitas questões, sobretudo para adolescentes. Todo mundo já absorveu
a ideia de que para o homem a primeira vez é mais fácil, mas para a mulher nem
tanto, por causa do rompimento do hímen ou contração dos músculos vaginais. Pasmem:
há sim a possibilidade de:
1) a primeira vez feminina ser tranquila e sem dor;
2) o homem sentir dor, não só na primeira vez, mas no
sexo.
O que tá na cabeça das pessoas, principalmente por causa
do machismo (olha ele aí de novo!) é que quem tem que sentir dor são as mulheres
e não o homem. Isso faz com que muitos escondam esse fato e até mintam que não sentem
nada além de prazer, assim como as minas fingem ter tido orgasmo! Ficou chocado/a? então d[a uma checada na matéria
e no vídeo que deixarei no meu artigo. É por essas razoes que a lubrificação é
de suma importância tanto para o homem quanto para a mulher, não é à toa que
ela existe. Ela naturalmente foi feita
para preparar a vagina para receber a inserção do pênis (ou mesmo de dedos ou
dildo). Se não houver a lubrificação natural o suficiente e a camisinha não ajudar,
um lubrificante à base de água, como os que são vendidos em sex shop podem
facilitar os movimentos na hora do sexo, evitando que a fricção e o atrito
machuquem ambos os órgãos. No caso do
homem, a dor está relacionada ao freio curto e a fimose. Para entender melhor,
assista ao vídeo e leia a matéria. Espero que essas explicações tenham trazido
esclarecimentos e alivio imediato para a mulheres!
Resumindo: ambos precisam estar relaxados e conversar
sobre o assunto, principalmente se um dos dois ainda não tiver tido sua primeira relação. A idade não deve ser um
problema, pois cada um tem seu próprio tempo e oportunidade. O importante é achar
alguém em que você possa confiar e te deixe seguro/a para isso antes do ato se
consumar. Você vai perceber que, quando se relaxa e tira as dúvidas, a coisa
poderá ser bem, diferente. Sempre consulte um médico, gineco ou urologista.
Algum homem aí já sentiu algum incomodo ou dor no sexo? Sinta-se à vontade para desabafar nos comentários, não precisa se envergonhar.
Vídeo: Falando sobre virgindade masculina
Link da matéria: Virgindade masculina: o que você não sabe que pode acontecer quando você perder a sua
38. A culpabilização da vítima e seus efeitos negativos
Muito se fala na culpabilização das vítimas de estupro
(que são muitas, e as vezes até homens). São comentários do tipo: “ah, mas você
facilitou, pois estava andando sozinha na
rua naquela hora da noite”, “estava de roupas curtas perto do agressor” (que no
caso poderia ser até um parente) e a maioria desses críticas soa direcionadas às
mulheres, mas ninguém para pra pensar como tudo aconteceu e se ela tinha condições
de se defender. A maioria dos estupradores arrasta a vítima
para um local de difícil acesso de outras pessoas e exerce um poder de intimidação verbal, onde sua força física consiga contê-la a ponto
de não poder se defender. Ele sente prazer com o domínio de uma pessoa fragilizada.
Muitas mulheres por medo ou vergonhas se calam, evitam falar sobre o assunto ou até mesmo fazer uma denúncia,
temendo retaliação.
O mesmo acontece
em relações abusivas. A primeira coisa que fazemos é apontar dedos em acusar a pessoa de estar naquela relação sem fazer algo a respeito. Mas
já perguntou os motivos? Eles são muitos: financeiro (o abusador ajuda a pagar
as contas), os filhos do casal, não ter para onde ir, medo de não encontrar alguém
ou até mesmo encontrar alguém pior, entoa não cabe as pessoas julgarem, mas
oferecerem apoio emocional. Lembre-se de que a medida protetiva não é garantia
para que o agressor não volte a fazer ameaças ou agressões à vítima.
E essas acusações não acontecem somente nesses
aspectos que mencionei acima. Se você chegou a uma certa idade com pouca
experiencia em relacionamentos ou virgem, nossa! Você fez algo errado! Será que
as pessoas não entendem que há circunstâncias que fogem ao nosso controle e nem
tudo tem que ser de responsabilidade EXCLUSIVA do indivíduo? Eu percebo uma
tremenda falta de empatia nesses casos,
mesmo de quem já viveu situações difíceis de serem resolvidas. Toda vez somos
incentivados a resolver ou “deixar rolar”, mas tudo isso tem um preço psicológico
muito alto. É como se a pessoa que quer “aconselhar” achasse que sabe mais da
vida e n das necessidades do individuo do que ele mesmo. E uma notícia: por
mais que tenhamos 50% de responsabilidade
nas escolhas ou controle sobre as circunstâncias, esses 50% não são o
suficiente. Os outros 50% envolvem o acaso e a predisposição de outras pessoas
para fazer algo dar certo. Entoa por exemplo, não adianta eu querer MUITO uma pessoa, mas ela gosta de
outra e não sou o tipo dela. Entenda: não
há como mudar a mente das pessoas, isso não
está no nosso controle. O resultado disso,
é uma auto cobrança muito forte e a frustração será mais intensa, caso a pessoa
não consiga seu desejo, e o pior, virá acompanhado do sentimento de incompetência.
Me parece que é isso que as pessoas que acossam querem, que aa pessoa se sinta
feliz e incapaz. O que tenho pra dizer para resumir essas situações: A CULPA NÃO
É SUIA! A responsabilidade não tem que ser
toda sua de fazer as coisas acontecerem, principalmente quando não depende APENAS da sua vontade! Você não tem
essa obrigação, porque não existe magia que faça alguém se apaixonar por você. Sobre o estupro e abusos no relacionamento, a culpa e responsabilidade
são apenas do agressor, pois ele tinha a escolha de não fazê-lo, mas fez por
maldade e abusou de você por uma insegurança que ele se recusa a lidar e
trabalhar com ela. Procure ajuda de
amigos verdadeiros, nunca guarde para si. E se eles mesmos começarem com esses comentários acusadores, não
hesite em dar esse alarme e não sinta vergonha em dizer que não está ajudando. Amigos devem compreender e não julgar ou tentar te moldar a ser como eles.
Vou deixar um link sobre o assunto em relação ao estupro. Sugiro que, ao invés de dizer que "é da natureza do homem ser violento" e "se as mulheres se 'comportassem bem', não haveriam tantos estupros", o que são frases comodistas, questione o seguinte: "se a educação dos homens não fossem moldadas no MACHISMO e hegemonia masculina compulsória, será que haveriam tantos estupros e relacionamentos abusivos?"
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
Série filmes bi: Resenha do filme "Aos Treze"

Outro ponto que eu gostaria de destacar é: nenhuma garota deve beijar outra apenas por pressão, seja das amigas que já beijaram meninas, ou do namoradinho que sonha com uma experiência a 3. Deve ser uma decisão consciente e espontânea. O filme mostra que no geral, QUALQUER experiência que se tenha apenas por auto afirmação e se tornar popular não termina bem. Levamos tempo para construir nossa personalidade e gostos e cada um tem seu tempo. Fala também das amizades sincera ou não. Pessoas manipuladoras seduzem facilmente e temos que estar antenados para não cair em certas armadilhas. Noel e outras amigas de Tracy perdem totalmente a atenção dela por Evie, que ganha cada vez mais espaço na vida de Tracy., transformando-a totalmente em outra pessoa. Não podemos deixar que más influências nos afastem dos amigos verdadeiros e de uma vida inteira. Pessoas novas são sempre bem vindas, mas na dúvida e ao menor sinal de caráter duvidoso eu já prefiro me acomodar com as pessoas que eu já tinha antes na minha vida.
Esse filme me marcou porque quando eu tinha 13 anos quase caí nesse tipo de armadilha de uma empregada que trabalhava com minha vó que tentou me levar para o mau caminho, mas essa é uma história que não teve final trágico, mas me deu um bocado de dor de cabeça, fica para outra vez. Só sei que larguei das bonecas cedo demais quando deveria ter continuado com elas! A partir dessa idade queremos crescer e à menor crítica queremos ficar adultos logo (lembra a cena das meias que as meninas zoam Tracy). No final, o que tem de mais ser um pouquinho garotinha? Nos foram apresentados dois pólos: uma garota totalmente ousada, na moda, beleza padrão, mas que violava as leis vendendo drogas, roubando e tudo caiu na cota de Tracy, que era inocente e se tornou rebelde. Prefiro ser menininha e um pouco mais ousada somente com moderação. Ser inocente não nos torna ruins ou bobas, é só o nosso jeito, nada tem a ver com não ter responsabilidades.
Quem quiser pontuar mais alguma coisa sobre o filme o por que se identifica com ele, fique a vontade!
domingo, 13 de janeiro de 2019
37.Mulheres bissexuais e lésbicas x homens héteros
Uma coisa que eu preciso enfatizar é que nós mulheres que gostamos de mulheres sempre parecemos nos preocupar com a forma que tratamos as outras (salvo alguns casos extremos de radfem e reprodução de machismo e heteronormatividade) mas a principal diferença entre o homem hétero e a mulher lésbica e bi é ver a outra como um todo, quando realmente gostamos dela, não apenas como um corpo que dá prazer, pelo menos pra mim é assim. Eu realmente acho o corpo feminino super atraente, mas prefiro ver também a humanidade delas e a forma como me tratam, isso é importante. O homem parece às vezes enxergar as mulheres como objetos onde eles podem usar e abusar à vontade e não é em assim. Acho que para demostrar que gosta de mulher, não precisa olhar de cima embaixo e enfatizar o quanto ela tá ou é gostosa, mas observar o quanto ela é e está linda e como ela faz seu dia valer a pena, como te apoia, e não o quanto ela te fará gozar na cama e tchau, ou o troféu de caça que ela vai representar para seus amiguinhos pra que você se auto afirme como macho alfa. S e esses conceitos mudarem na cabeça de homens, talvez a relação hétero deixe de ser trabalhosa, e ainda assim, para bissexuais, continuará havendo dois caminhos para ser feliz.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
36. Um gay se descobrindo bi.Será que isso seria um tabu?
Não vou colocar spoilers, mas o que me incomoda nesses filmes é a tentativa de ocultar a bissexualidade desses homens e colocando como se fossem gays que "resolveram" ficar com uma mulher, quando é algo relativo e não se trata de escolhas. Mas tirando esse detalhe, vale muito à pena ver!
Os filmes em questão são "Namorando uma mulher" e "Beijei uma garota" (este segundo vocês encontram no Telecine Play). Vou deixar os resumos e vocês decidem qual assistir, se veem os dois e comentem o que acharam.

SINOPSE E DETALHES
